quarta-feira, 1 de maio de 2013

Propaganda enganosa?


Como não sou um robô, costumo reservar uns minutinhos no trabalho para esticar as pernas e ir até a cozinha beber água ou comer alguma coisa. Dias atrás levei um pacote de bolacha e tive uma surpresa.

Não sei se podemos chamar de "recheio de brigadeiro" algo que tenha apenas um grãozinho de chocolate tipo granulado. Parece piada, mas não é. Veja abaixo o que encontrei.




Outros biscoitos vieram com vestígios de que uns granulados deveriam estar ali.




Propaganda enganosa? Vamos analisar melhor o caso.

Na embalagem estava escrito "Biscoito recheado sabor brigadeiro", assim, frase no singular. E havia mesmo UM, e somente UM, biscoito realmente recheado sabor brigadeiro que, aliás, parecia até mais recheado que aquele mostrado na embalagem. Compare.




O curioso é que as "imagens meramente ilustrativas" que a gente vê por aí costumam ser mais atraentes (e enganosas) que o produto em si, mas nesse caso parece que ocorreu o contrário.

Logo, a propaganda enganosa aqui talvez não seja o brigadeiro. A única coisa que percebi de "enganação" foi o detalhe da borda do biscoito que está no sentido contrário ao mostrado na embalagem. Mas e daí? Isso não faz diferença no sabor, nem no preço. Quase ninguém percebe.

Agora pare e pense: se um produto fosse bom mesmo, a embalagem poderia ser transparente para o consumidor ver o conteúdo, principalmente quando o produto é um alimento. As histórias de "nova embalagem" que anunciam não me convencem se não for possível ver o que estou comprando. Acho até que investem (ou gastam) muito em embalagem de maneira não muito eficiente. Olha a quantidade de cores! Deve haver um outro jeito de chamar a atenção do consumidor em meio aos concorrentes na prateleira do supermercado.

Talvez o fato de a embalagem ser opaca tenha alguma relação com a conservação do produto. Talvez a exposição à luz afete a cor, a textura, o sabor, sei lá. Mas se a coisa já é industrializada, cheia de química no processo de fabricação com aromatizantes, conservantes e tantos "antes", não vai ser uma mera exposição do produto que vai causar um problema ao seu organismo. Você não vai morrer por causa de uma bolachinha que comeu só uma ou duas vezes. Eu ficaria mais preocupado com a água que você toma todo dia. Pesquise no Google.
O que importa é que, apesar de não ser tão saudável quanto a maçã que eu levo quase todo dia ao trabalho, aquela bolacha distraiu minha fome até o horário do almoço mais tarde. E ainda sobrou metade do pacotinho para o dia seguinte.

Vai uma bolachinha aí?


Guigo é autor do blog www.doiscuringas.blogspot.com e acorda cedo todo dia para preparar o café da manhã. Enquanto ferve a água, ele vai até a varanda pegar o jornal que sempre jogam por engano na sua casa. Aí ele toma café lendo o horóscopo caderno de notícias, as charges e ainda resolve a palavra cruzada quando dá tempo. Ao sair para o trabalho, leva o jornal debaixo do braço e joga na casa do vizinho, que acorda tarde e vive dizendo que vai encher de porrada o desgraçado que fica resolvendo as palavras cruzadas do seu jornal. Esse vizinho lhe disse que os principais suspeitos são os próprios filhos e o Zé Vesguinho, o motoboy que entrega os jornais. Zé Vesguinho sacana!

Um comentário:

  1. Guigo, sensacional essa sua postagem. Fiquei me perguntando os porques de não usarem embalagens transparentes para os alimentos. De fato aumentaria a confiaqbilidade. Seria uma espécie de:"Quem não deve não teme", não é?
    Eu me preocupo um pouco com o mudar de cor de alimentos industrializados em contato com a luz do sol ou claridade. Essa mudança de cor é resultado de uma reação química que avisa que aquele produto de fórmula "X" está sendo alterado e ficará com a fórmula "Y", que após rápida análise, ainda não se descobriu que elemento químico é (talvez um novo, kkk!).

    Esse lance do jornal é uma boa. Acho que é por isso que existe o "chavão": Deus ajuda quem cedo madruga, rs...rs.

    Muito legal o seu blog. Já o estou seguindo e perseguindo. Vou até bolar um jeito de fazer propaganda.

    Um abraço

    Manoel

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