quinta-feira, 15 de outubro de 2009

PIM - Pasquale Instant Message

Temos o MSN, o ICQ, o Google Talk e mais uma dezena de programas que permitem conversar com qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo desde que esteja conectado à internet.

No meio das conversas nesses programas é comum abreviar certas palavras a fim de agilizar a digitação e a comunicação, mas mesmo assim você entende quando lê algo do tipo: "é vdd q vc tbm foi pra PQP?".

Não, não pense besteira. A frase é "É verdade que você também foi para Paris, querida Paris?". Mas dependendo do contexto o "PQP" pode ser aquilo que você tinha pensado mesmo.

Há muitos outros códigos e símbolos que costumam ser usados. Um dos últimos que conheci foi quando escreveram "xaubfds", que traduzindo para nossa língua quer dizer "Tchau! Bom fim de semana". Aí já era o limite da minha tolerância.

Isso acontece em outros países também, com outros idiomas e principalmente com o grego, que pouca gente entende mesmo, daí aquela frase "ta falando grego?". Desconfio que esse idioma surgiu de uma conversa entre deuses da mitologia grega semianalfabetos através do MSN. Basta ver os nomes que eles usavam para entender o que estou falando. Que tipo de gente se chamaria Zeus, Afrodite, Poseidon?

A informática naquela época já era tão avançada que foi nesse período que usavaram pela primeira vez o tal cavalo de Tróia, que pode estar no seu computador nesse momento. É por isso que eu digo que o primeiro hacker que existiu foi um grego.

Percebi que a coisa estava fugindo do controle quando vieram esses ETs miguxos que falam a língua do Miguxês e "ixkrevem axim pq saum retardados", ou "aLtErNaM mAiÚsCuLaS e MiNúScUlAs AsSim" e não usam pontuação nenhuma, de modo que você não sabe se é uma pergunta, uma afirmação, ou se chega a ser uma frase. Aí somos obrigados a gastar um tempo extra só para traduzir o que eles querem dizer e assim esses malditos acabam com a ideia de "mensagem instantânea".

Muitos desses ETs vieram daquela história da Inclusão Digital. Nada contra essa iniciativa, mas essas pessoas deveriam primeiro ser submetidas a algumas aulinhas de Língua Portuguesa e de etiqueta para saber como se comportar em determinadas situações do mundo virtual e do mundo real também. Aprenderiam, por exemplo, a usar o bom senso ao postar alguma foto ou deixar uma mensagem no Orkut... mas vamos deixar esse assunto para outro dia, estou falando só da comunicação escrita através da internet.

Há tantos softwares de mensagens instantâneas, mas nenhum deles contribui para que o usuário escreva de maneira correta, ou pelo menos perto disso. Por isso pensei que esses programas deveriam funcionar assim: se você cometer muitos erros gramaticais o programa te bloqueia e na tela apareceria a mensagem:

“Prezado usuário
Você ultrapassou o limite de erros gramaticais tolerado pelo PIM. Pedimos que se despeça dos seus contatos imediatamente, pois dentro de alguns instantes você será expulso do sistema.

Você poderá utilizar o aplicativo novamente após ser aprovado no exame a ser realizado 2 horas após o recebimento desta mensagem. Recomendamos que aproveite esse período para estudar. Boa sorte!

Equipe PIM”

Aí você é obrigado a fazer uma prova online sobre noções de etiqueta e de Língua Portuguesa, 20 questões de múltipla escolha em 15 minutos. Seriam 45 segundos para resolver cada questão. Divertido, né?

Acertando no mínimo 80% do teste você poderia acessar o programa novamente. Rápido, prático e ainda contribuiria para o aumento do nível de educação no país. Simples assim.

Ah! Já ia me esquecendo, PIM é só uma sugestão para o nome desse programa, que significa Pasquale Instant Message, uma homenagem àquele famoso professor Pasquale Cipro Neto.

Eu sei, isso tudo não funcionaria, foi só um devaneio. Do jeito que a Educação está, se você encontrar uma letra do seu nome numa frase você já pode ser considerado alfabetizado.
Comemore.

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