segunda-feira, 15 de março de 2010

"Ideia ruim não tem acento"

Um texto da série “vale a pena ler de novo”. Um daqueles de que falei no primeiro post.

Estamos no período de adaptação do acordo ortográfico que começou a valer desde o ano passado, então vamos à nossa aula de Língua Portuguesa. Depois disso vocês podem sair para o recreio.

Antes tínhamos "idéia" e agora a "ideia" é assim sem acento. Meu tio que faz piada com tudo deu sua opinião sobre o assunto já usando a nova regra: "Quando a ideia é ruim não tem acento mesmo". Genial.

E foi aí que comecei a pensar nas outras regras.

Agora você salta de "paraquedas", tudo junto assim, mas se ele não abrir a tempo, tanto faz. Você deveria se preocupar com outra coisa antes de chegar lá embaixo e nunca mais usará "pára-quedas" se sair vivo dessa.

Segundo a nova regra não tem acento o "i" e o "u" tônicos em paroxítonas quando precedidos de ditongo. Traduzindo: antes era “feiúra”, agora é ”feiura”. Você ficará mais feio sem o único charme que lhe restava.

Antes os "arquiinimigos" ficavam assim, juntos. Só há pouco tempo decidiram separar a briga e agora eles são “arqui-inimigos”.

Além disso, o alfabeto passa a ter 26 letras. Foram incorporados o K, o W e o Y e isso significa que agora você pode dar à sua filha ou ao seu filho o nome de "Kelly", ou chamar sua filha de "Waleska" ou até mesmo de "Kelly Walleska" e dizer que é um nome totalmente medonho lusófono.

Há mais algumas regras por aí, mas com esses exemplos você já pode dizer que aprendeu alguma coisa.

Acho que esse é o primeiro post de utilidade pública do blog. É o blog Dois Curingas contribuindo com a Educação no país. É nóis! Uhuu!

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